quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A verdade sobre a bela adormecida



 Era uma vez uma moça comum, com uma vida comum. E que sim, tinha um amor, mas que para ela, não tinha nada de comum.
Sim, tudo em dupla era melhor. As histórias, os dragões, os rubores e até as maldiçoes. A pequena casa de pau-a-pique se tornava castelo, as paredes meio desbotadas, enchiam-se de cores. Todos os dias se renovava.
Mas um dia não se encontraram. E outro, e outro. uma semana... Recebeu então ela um bilhete com o nome dele. Dizia muitas coisas e pouquíssimas faziam algum sentido. A cabeça a dizia que ele jamais retornaria. Mas o coração sentia que voltaria. E ela, por certeza tão convitcta causada pelo seu desejo, decidiu esperar.
Arrumou-se toda, e usou o melhor perfume. Mas nada via ao olhar pela janela. Cansou um pouco, sentou um pouco, deitou um pouco. Estava um pouco fraca. A esperança também não era tão forte.
Sua boca já seca, cansada de esperar por um beijo, foi secando ainda mais, e paralisando, permanecendo ja quase totalmente fechada. A pele já ficava pálida, pois não tinha à muito tempo o rubor por ouvir uma palavra que a encabulava. Os olhos foram perdendo o ânimo, de quando brilhavam ao encontra-lo. E como não batiam mais freneticamente, suas palpebras repousaram.
E assim caiu em sono, sono profundo, até que seu amor voltasse, para acelerar novamente seu coração e a acordar se dua hibernação.


Alessandra Carvalho