quinta-feira, 5 de julho de 2012

Para Ler: Contos de amor Rasgados.

Beleza pessoal?

Vou hoje indicar um livro que é MUITO bom: Contos de Amor Rasgados, de Marina Colasanti.

Descobri esse livro num sebo que estava vendendo livros na Bienal do livro do ano passado. Como eu tava dando a louca no meio de tantos, achei ele bem baratinho, e decidi comprar pra dar de presente à minha mãe. Como ela demorou pra começar a leitura, eu tomei a frente. E tô hoje indicando pra vocês.

Sobre a autora: 

Marina Colasanti nasceu na colônia italiana da Etiópia em 1937 e chegou ao Brasil em 1948, e sua família se radicou no Rio de Janeiro fugindo da segunda Guerra Mundial, é nacionalizadaa como brasileira. Estudou Belas-Artes, foi jornalista. Publicou 33 livros (de contos, poemas, literatura juvenil e infanto-juvenil) o primeiro deles foi Eu, sozinha. Recebeu prêmios como escritora também.

O livro, como o proprio título  já diz, é um livro de crônicas (narrativas curtas com um unico conflito central que tem como publico pessoas que vivem na correria do cotidiano mas que amam a leitura) e o mais legal em um livro desse tipo, é que não tem aquele problema que alguns tem de ter que parar a leitura, e quando retoma, não lembra onde parou, ou o que já leu... Não. Os contos mais longos do livro tem o limite de uma folha. Dá pra ler no ônibus, na fila, na sala de espera, em qualquer lugar.

Existe uma lírica nas narrativas, que faz com que o leitor tenha interpretações particulares e se identifique (ou não) com a história. No proprio livro temos uma crítica que diz: "Em vez de explorar, junto com o leitor, as váriasmaneiras e os multiplos significados dos relacionamentos amorosos, ela deixou a casa um a possibilidade de identificar-se com o que lê, reconhecendo-se na aventura do texto"

Só pra deicar com vontade, deixo abaixo alguns dos menores contos pra vocês:

A paixão de sua vida

Amava a morte. Mas não era correspondido.
Tomou veneno. Atirou-se de pontes. Aspirou gás. Sempre ela o rejeitava, recusando-lhe o abraço.
Quando finalmente desistiu da paixão entregando-se à vida, a morte, enciumada, estourou-lhe o coração.


No Caminho de volta

Todas as noites, antes de deitar, despedia-se para sempre da mulher e dos filhos, sem que nada, naquela casa lhe pertencesse a ponto de retê-lo.
Há muito sonhava.
Longas viagens que no escuro do quarto o levavam a terras incandescentes, parado o corpo sobre a cama, enquanto o outro, sem limites percorria mundos.
E não podia prever a noite em que, presas as asas do seu sonho em palmeiras de coral, se veria impedido de voltar.

Beijos.

2 comentários:

LariFalcao disse...

Aaaaaaaaaaaaaaaaamei, nem duvido que devoro ele num dia ;) dois tópicos:
1- Amei mesmo, vou comprar para minha coleção. COMPRAR, esta palavra resume o tópico 2- Não! Não quero emprestado ^^

@lekavc disse...

Tá, desculpa amiga! Não vou te dar nada ¬¬