domingo, 19 de maio de 2013

O despertar de um instinto assassino

Eu sempre fora uma pessoa absolutamente pacífica, mas cometi um erro irrepreensível: tinha contato com a ex do eu namorado. E pior! Éramos amigas.

Eu o namorava sem o seu conhecimento, ou melhor, sem o seu consentimento. Achava desnecessário, uma vez que ela até já tinha se envolvido com outro alguém. Pra minha lógica, o fato de ele ter sido o seu mais forte amor pouco importava agora. Eles tiveram um fim, e pelo que entendo de etimologia e significância, essa palavra "fim" não permitia nenhuma continuidade.

LargeMas por um certo respeito, eu ainda não tinha falado que estavamos juntos, até porque não há tanto tempo assim.
Sobre nós (eu e ele, e não eu e ela), foi um caso de despertar o que estava recluso e, quem sabe guardado desde os tempos remotos. E o começo não importa, porque somos agora café e leite, preto e branco, filme e pipoca.

Ontem porém aconteceu algo interessante, intrigante se pode até dizer. Minha amiga, conversando comigo, mencionou entre outras coisas:


- Você tem falado com Bernardo?
- Ás vezes, por quê? - respondi com desinteresse.
- Eu vi que ele mudou o visual, ficou mais bonito... O encontrei na faculdade há umas semanas.
- É, eu vi também. Tá bonito mesmo.
- Sabe que ele me ligou?
- Ah, foi? Pra que?
- Ah, não sei, disse que queria me ver, que tava com saudades... Até estranhei...
- É, muito estranho mesmo... - até demais no meu pensar.

Por fora eu fingia ser a pessoa mais calma do universo, mas minha cabeça explodia! Como assim ele a ligou? E ainda por cuma estava com saudades? Da ex? Eu não acreditava do que estava ouvindo. Logo comigo que sempre fui uma compaheira, pessoa acima de ciumes e da traição!

E foi assim, com um sorriso falso e dissimulado que conhei meu instindo assassino. A cretina da minha amiga nem deve ter percebido. Olhava outras coisas, sem interessa. Eu, desconversei, e tomada pela fúria, fui para casa.

Eu queria matar todos, e pouco me importavam as consequeências. Até queria que ficassem juntos, se fosse lado a lado, no caixão. Pensei em enviar uma bomba torpedo, para o celular do meu amor. A mensagem assim seria: "Meu bem, logo com a Cecília?" Por que?" e depois BUM! Explosão devastando o seu quarto. Mas se bem que daria muito trabalho pegar uma dessas com os iranianos. Sim, daria. Mas antes, eu iria encontra-lo. Já tinhamos marcado e eu iria para a sua casa.

Ao chegar lá, Bernardo estava tomando banho e deixou o celular em cima da cama. Nao desisti e fui conferir na chamada. Lá estava: o número da dita cuja, nas ligações efetuadas há duas semanas. Eu estava em fúria! Ele mal tinha saído do banho e fui controladamente gritando em sua direção.

- Por que você ligou pra Cecília, Bernardo?
- Eu liguei pra ela? Quando?
- Há duas semanas! Nem diz que não foi porque eu vi no seu celular.
- Por que você fez isso?
- E então o que foi? Tá com saudades dela? Tá querendo voltar ou o que?
- Meu amor, meu amor, calma. Me deixa explicar.
- Hahaha! Tenta então!
- Olha, Cecília esqueceu um pacote na faculdade. Como estava com o nome completo dela e com o celular, fiz o favor de ligar e avisar. Eu faria isso se fosse qualquer pessoa. Agora para como isso que você sabe que eu te amo e não faria isso com você.

Minha pressçao baixou imediatamente. Eu acreditava piamente que meu bem era inocente.

- Foi só isso?
- Foi, juro, agora vamos ali que hoje reservei um filme pra gente.
- Justo hoje? É que tenho que ir resolver umas coisas em casa.

Pronto. Uma desculpa, e a manobra evaziva deu certo.  Eu não queria ver filme nenhum. Se ele era inocente, a culpa era da piranha da Cecília, que queria nos separar. Ela deve ter descoberto de alguma forma. Mas não daria a ela o direito de interferir. Eu queria explodir seus miolos.

Surgiram vários planos. O primeiro sugeria um sequestro: eu a levaria amarrada para o deserto e atiraria nela até a sua morte. Eu nem sei quantas vezes imaginei atirar, mas eu sei que me era agradável. Mas esse plano era trabalhoso. Imaginei então mandar um míssel teleguiado. Mas isso me custaria muito... Se eu a matasse afogada, seria muito baixo...
 Decidi então não matar. Dei a ela uma caixa de bombons, de framboesa, já que ela é alérgica... e disse que ele tinha enviado. Depois fui pra uma festa com meu bem. Tiramos muitas fotos, sim...

Logo todos estariam felizes... Minhas fotos na internet e Cecília com rosto inchado. Mas se olharmos os fins e compararmos com as idéias... Acho que não sou uma pscicopata, ou nada do gênero. Posso até ser impulsiva mas... fica tudo na minha cabeça.

(texto ficcional. Qualquer semelhança com a realidade é mera conhecidência)

3 comentários:

Unknown disse...

"(texto ficcional. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência)"

KKKK SERÁ?

@lekavc disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nobody knows...

daniel paiva disse...

não inporta que eu deva matar mas eu irei atras da minha vingança