Turistas cegos.

Uma cidade é feita também de coisas feias.Acontece que todo mundo quer encontrar os pontos turístico0s onde passa. tudo bonitinho, arrumadinho, cheirosinho, cenário de cinema. Mas o mundo não é assim (óóóóóó, que pena).

Aí essa é a parte que você pensa: ai, que menina chata, fica aii falando essas coisas. Mas sabe porque eu falo? Porque eu vejo gente (e não é morta) o tempo todo. Gente que quer um tikinho de atenção.

Tá, agora você fala: ué, mas se eu vou pra um lugar, eu quero ver as coisas boas. CERTO, certíssimo, mas não acho legal que nos limitemos à isso. O mesmo acontece com as pessoas.
Tá, como assim? Simples.

Pausa para um pouco de cultura: A palavra conhecer tem a sua origem etimológica no latim cognitio, cum+gnosco, co+cognoscere que significa captação conjunta, uma compreensão, uma reunião de dados. Por aqui já vemos que temos uma REUNIÃO de dados ou informações.  

As pessoas sempre querem coheçer as outras. Mas de preferência o lado BOM e BONITO das outras. Acho isso completamente normal. Mas se você só conheçe as qualidades de um lugar, pessoa, filme, ou seja lá o que for, será que você conheçe, de verdade?

Bem, pra você ver como as coisas são, acabo de abrir um e-mail que recebi que diz: "Aquele que procura um amigo sem defeitos acaba sem amigos". Pois então.


Tem falha que agente acha em tudo quanto é lugar: uma rua esburacada; mendigos dormindo ao relento, lixo espalhado no chão. Isso estraga a beleza do conjunto? Um pouco. Mas eu acho, que quando se gosta, se gosta por inteiro. Não gostando dos defeitos, mas APESAR dos defeitos.

 Eu olho minha cidade, e vejo gente. Gente que vai e gente que fica. Gente que sorri e gente que reclama. Gente que anda por ruas com defeitos, e gente que tem defeitos. Mas nem por isso suas casas e seus corações devem ser lugares inexplorados. Porque numa viela sem graça, pode existir um dos mais belos pontos turísticos.